Ano de 1668. A terra mineira ainda não acordava para a civilização, e já o formoso solo patrocinense era pisado pelos guerreiros de Lourenço castanho Taques, que batera os cataguás, investira para o Oeste e Triângulo, massacrara os araxás e, atravessando a gleba da futura Patrocínio, ia terminar sua epopeia guerreira além de Paracatu, na serrana cujo nome lembra o valente paulistano: Serra de Lourenço Castanho. Em 1772, aqui esteve o Capitão Inácio de Oliveira Campos, que, por ordem do Conde Valadares, então Capitão-General de Minas Gerais, estabeleceu-se no lugar, com fazenda de criação e agrícola, para abastecimento dos viajantes que transitavam de Minas para Goiás, passando por Pitangui. O Capitão Inácio de Oliveira Campos fundou sua propriedade à margem do córrego do Bromado (bromado – bagaço de cana-de-açúcar), no local chamado “Catiguá”, aí desenvolvendo extensa criação de bovinos. Ao se retirar para Pitangui, após a ida do Conde de Valadares para Portugal, Inácio de Oliveira Campos possuía, conforme inventário da época de sua morte, cerca de 4.000 cabeças de gado, que deixou à sua esposa, a célebre Joaquina do Pompeu, vulto quase lendário da história de Minas. Pela propriedade de Inácio de Oliveira campos, que então se denominava “Fazenda do Bromado dos Pavões”, passaram todas as bandeiras que, de 1772 para diante, demandaram os sertões e Goiás. Em 1773, já começam a fixar-se alguns forasteiros, iniciando-se o povoado que recebe o nome de “Salitre”, no local em que, em 1798, foi abrangido pela Sesmaria do Esmeril, concedida a Antônio Queiroz Teles. Em 1804, registrou-se a “Provisão de Licença” aos moradores do povoado, para erguerem uma casa de oração sob a proteção de Nossa Senhora do Patrocínio, estendendo-se o nome de Nossa Senhora do Patrocínio, ao arraial do Salitre, em 1807. Em novembro de 1818, esteve o médico e professor de Botânica, Johann Emanuel Pohl, da Universidade de Praga, em visita ao Arraial de Nossa Senhora do Patrocínio. Em 26 de Janeiro de 1819, embarcava na Baía do Rio de Janeiro Auguste de Saint-Hilairre, francês, professor de Botânica. Em abril de 1820, visitou o Arraial de Nossa Senhora do Patrocínio. Outro ilustre visitante ao Arraial foi W. L. Von Eschwege .

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